sexta-feira, 1 de abril de 2011

Secult e Caixa firmam parceria que garante recursos para o MAS e Arquivo Público

No total, serão investidos R$ 600 mil, sendo R$ 300 mil para cada instituição. O projeto "MAS: Programa de Acessibilidade aos Portadores de Necessidades Especiais" foi aprovado junto ao programa Patrocínio 2011/2012 e tem como objetivo possibilitar o acesso ao MAS pelos portadores de necessidades especiais através da instalação de elevador, rampas e adaptação de banheiro. "Essas adaptações estavam previstas na planta original, quando concluímos o trabalho em 1999, mas não tivemos recursos para implantá-las na época. Agora, finalmente, podemos concluir esse trabalho e promover a inclusão social das pessoas que tem necessidades especiais", disse Paulo Chaves.
O projeto tem selo da Lei Rouanet (Pronac 08771) tendo como proponente a Associação Cultura, Vida e Profissão - ACVP e a Secult como interveniente junto à Caixa Econômica Federal. "A Caixa é uma instituição com 150 anos de história e com grande preocupação sócio cultural, independente dos partidos políticos que estejam no poder", completou o secretário.
O MAS está vinculado à Secult, localizado no antigo Palácio Episcopal. Foi inaugurado em 28 de setembro de 1998, juntamente com o Sistema Integrado de Museus e Memórias do Pará. O histórico prédio tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), marco da arquitetura barroca paraense, comporta a Igreja de Santo Alexandre, construída pelos padres jesuítas com a participação de trabalho indígena entre o fim do século XVII e o início do século XVIII.
Ao Arquivo Público do Estado do Pará (Apep) serão destinados R$ 300 mil para realização do projeto Preservação e Acesso: Proposta de Digitalização da Documentação Colonial. O projeto tem como principal objetivo a digitalização da documentação colonial existente na instituição, que corresponde ao acervo documental da Secretaria de Governo da Capitania - período colonial do Brasil (1649 a 1823).
O resultado esperado é a salvaguarda e a ampliação do acesso a este acervo por meio da mudança do suporte manuscrito para o meio digital. "Esperamos poder contribuir com a preservação da memória da cultura do Pará, que tem grande importância para a nossa identidade regional e nacional", frisou Evandro Lima, superintende regional da Caixa.
O Apep nasce como instituição de guarda e preservação da memória da Amazônia a partir de 1894. Este órgão centenário reúne em seu acervo documentos dos séculos XVII, XVIII e XIX, de valor inestimável para a História do Pará, da Amazônia e fronteiras; por isso a importância em tratá-lo e preservá-lo.
A singularidade da documentação está na memória da formação e transformação das vilas e centros urbanos, dos primeiros moradores e da consolidação de uma população local (europeus, povos indígenas, escravos africanos e seus descendentes), marcada por tensões sociais, econômicas e políticas, da adaptabilidade dos diversos elementos humanos com a natureza, da visão do europeu acerca dos indígenas, escravos africanos e do aspecto físico e biológico da floresta amazônica.
Paulo Chaves disse que os dois projetos serão concluídos em meados do segundo semestre. "Nos estamos na fase de deixar de olhar pelo retrovisor e ligar os faróis. Vamos fazer um levantamento de reformas que devem ser feitas em alguns espaços da Secult e na semana que vem vamos apresentar ao governador um lista de cinco a 10 projetos que serão incluídos na agenda mínima de governo", informou o secretário. 
Também estiveram presentes na cerimônia Rosário Lima, diretora de patrimônio da Secult; Zenaide Paixão, diretora do MAS; Raimunda Gumarães, diretora de marketing da Caixa; Fernando Freitas, presidente da Associação dos Amigos do Arquivo Público; Simone Flores, da Associação Cultura, Vida e Profissão; e Eduardo Pinheiro, diretor do Arquivo Público.

Elielton Amador - Secom

Fonte: www.agenciapara.com.br 01/04/2011

Nenhum comentário:

Postar um comentário