sábado, 26 de setembro de 2015

DENÚNCIA: O descaso com o Forte São Pedro Nolasco, na Estação das Docas.


FOTO: Forte São Pedro Nolasco (2011)
FONTE: The Green Club

Um dos pontos turísticos mais conhecidos de Belém é o Forte do Presépio, localizado no Complexo Feliz Lusitânia, no bairro da Cidade Velha. Porém na capital, ainda existe outro Forte que poucos conhecem ou até mesmo nunca reparam, esse é o Forte São Pedro Nolasco ou Forte das Mercês, localizado dentro da Estação da Docas, vizinho ao Mercado do Ver-o-Peso. 

Muitos daqueles que visitam a Estação das Docas, pouco reparam nas ruínas deste forte, até mesmo porque não exite uma sinalização ou até mesmo um placa que identifique o local. Essas ruínas foram encontradas pela equipe de arqueólogos designados pelo IPHAN durante o processo de revitalização da Estação. O tempo passou e como estará o estado de conservação desse espaço pouco conhecido pela população.

Com o processo de resignificação do espaço da Estação das Docas para atender o setor turístico, tiveram que integrar o Forte São Pedro Nolasco nesse processo, então a solução encontrada foi de se criar estruturas para abrigar um anfiteatro a céu aberto no Forte. Uma boa ideia, mas se seguisse com as politicas de preservação e conservação dessas ruínas, o que infelizmente não acontece. É importante destacar que o espaço faz parte da Secretaria de Estado de Cultura do Pará - SECULT/PA e é administrado pela Organização Social Pará 2000.  Abaixo segue imagens tiradas pela equipe da Associação do Agentes de Patrimônio da Amazônia - ASAPAM da atual situação das ruínas do Forte São Pedro Nolasco.




Essas imagens foram retiradas neste mês (Set/2015), durante uma aula de campo dos alunos da Pós Graduação em Gestão e Planejamento do Patrimônio Cultural - NAEA/UFPA. É importante destacar que o espaço sofre visível abandono, além de lixo em várias partes, algumas pedras da estruturas do Forte já se encontram soltas aos seus arredores, como pode se ver na imagens.

Belém caminha ao seu aniversário de 400 anos e o poder público continua a fechar os olhos na conservação e preservação de boa parte do Patrimônio Histórico da cidade.  Esse é só um exemplo, mas outros espaços estão em completo abandono como: Memorial Magalhães Barata, Palacete Pinho, Monumento da Cabanagem, Praça da Republica, Palacete Facciola, entre outros. Então, o que fazer?

Imagens: Bernardo Costa Jr.
Texto: Comunicação ASAPAM

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